Monday, February 13, 2006

bah!

...E então eu peguei no braço da Joana, como tinha combinado com o meu cérebro instável centésimas de segundo antes, e aproximei-o do machete. Ela nesta altura já não falava coitada, estava em estado de choque.

Eu acho que ela nunca imaginara que arrancar dentes sem anestesia e com alicate de oficina fosse tão doloroso como foi. Eu pelo menos nunca imaginei que fosse tão engraçado. É que é mesmo de ficar "vivo"!

Excepto a parte da saliva e do cuspo, isso dispensa-se.
Mas sentir aquele "marfim" dúctil a sair da carne e a deixar um espaço livre que torna as gengivas flácidas, a escorregarem para o vazio, uuiiiiiii, e é quase pecado aquela ternura com que as raízes dos dentes se separam da carne. Eu aconselho os caninos e os incisivos , são maiores do que parecem (aumentando a surpresa) e estão cá à frente, os molares por exemplo são mais complicados e acabamos por sujar as mãos todas a tentar chegar lá. Bem mas avançando,
a Joana estava em choque mas dava para perceber que não lhe apetecia ficar sem mão, mas não tinha que apetecer, eu cortei. E depois pensei -

bem cortei a mão, mas assim o antebraço deixa de ter utilidade, então cortei pelo cotovelo - e depois pensei -

Espera lá isto também não tem grande jeito, ela assim também não vai precisar do braço (a parte restante, que correspondia ao úmero) - então cortei pelo ombro, bem rente, bem perfeitinho.

Merda!

Pronto isto foi estúpido, e foi estúpido porque eu estava para ali a perder tempo, ou seja, estava preocupado com a futura funcionalidade das maleitas que estava a infligir na Joana, merda!, quando tinha estabelecido logo desde o princípio que ela não ia sobreviver. Que estúpido. Que perda de tempo. Depois chateado comigo mesmo acabei por afogar a Joana no tanque do armazém.

E quando sai bati com força a porta do armazém. Merda!

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