
A escuridão acomoda-se.
Os morcegos batem as asas, batem nas asas, batem para as asas, batem nas portas, janelas e paredes, e povoam as ruas desertificadas pela noite que cria novos lugares.
Cá dentro o verde lânguido substituiu-se por verde garrafa,
e eu fermento esse "liquído", que demorou dias, meses, anos a tornar-se esse "liquído".
A solidão (e não só a minha) grita do meu interior para acordar o meu exterior.
As luzes passam e mexem-se. As cores ficam e acabam por incomodar, e o meu interior grita para acordar o meu exterior (e não só o meu).
É uma pena a minha inspiração não ser nem arterial nem cerebral, ser sim inconsistente.
Os amigos veêm-se, não se falam, outras vozes falam por eles, não se apertam;
e o que não se aperta ... acaba por se perder.
Lá fora o vento não corre, o calor não muda, e eu fico igual. A gritar de dentro para fora. (e não sou só eu)
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